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Foto do escritorRedação

Monitorar sinais de vulnerabilidade é fundamental para prevenir suicídios, diz psiquiatra de Motuca



Dr Airton Marinho

Até que ponto uma pessoa com humor instável, às vezes feliz, outras triste, que vive isolada ou se automutila, com grande dor a ponto de escrever ou dizer frases como “gostaria de sumir” ...“acho que viveriam melhor sem mim” pode tomar uma atitude drástica de pôr fim a própria vida?

Tais sinais, de acordo com o psiquiatra Airton Marinho, da equipe de saúde de Motuca, devem ser monitorados por agentes públicos para prevenir eventuais casos de suicídio. “Infelizmente, existe uma questão cultural de achar que comportamentos como esses são passageiros e muitas vezes não é levada em conta a real importância do problema”, alerta.

Juntamente com a equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), o psiquiatra vem articulando o desenvolvimento de um protocolo de atendimento para ser implantado principalmente nas áreas de saúde e educação de Motuca. “Estudos demonstram que os adolescentes se encontram entre as principais vítimas e os educadores devem estar preparados para agir em determinadas ocasiões”, explica.


Equipe do Nasf

De acordo com o psiquiatra, o protocolo irá definir métodos de avaliação voltados a identificar sinais de vulnerabilidade entre os moradores. Em seguida, acrescenta, serão sugeridos pelos agentes públicos encaminhamentos para o desenvolvimento de ações preventivas. “O mais importante é ouvir e acolher a pessoa”, sublinha Airton.

Critérios

A psicóloga Graziella Muniz da Silva, integrante do Nasf, observa avanços nos trabalhos de prevenção com a implantação do protocolo. “Muitos casos não possuem o tratamento adequado, pois é necessário criar critérios de prioridade”, aponta. “Seria uma forma de qualificar essa demanda que chega até nós”, conclui.

Hoje (10) é comemorado o dia mundial de prevenção ao suicídio. Dados disponíveis de 2011 a 2015 demonstram que o país vem registrando aumento da taxa de mortalidade por suicídio a cada 100 mil habitantes. Em 2015, foram 11.736 ocorrências do tipo. O Brasil possui meta de reduzir em 10% os casos até 2020.

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