Além da grandiosa fé, que demonstrara desde o seu nascimento, a perspicácia era uma das principais características de São Sebastião. Seu pai faleceu quando ainda era uma criança. Por isso, ficou sob os cuidados da mãe, que era cristã. Naquela época, ser cristão era muito difícil, pois existiam perseguições de todas as maneiras.
Quando São Sebastião atinge a fase adulta, ele se alista no exército romano. Em razão de suas virtudes, não demorou a ser nomeado comandante da guarda real pelo imperador Diocleciano, que confiava muito nele.
No período em que trabalhou no exército, realizou vários trabalhos de evangelização. Frequentemente, ia até as celas para levar palavras consoladoras aos presos. Muitos deles converteram-se ao cristianismo.
Assim como Jesus Cristo, São Sebastião também foi traído. Um de seus soldados revelou a Diocleciano sua fé cristã, o que encheu o imperador de raiva por ter sido enganado pela pessoa por quem tinha simpatia e depositara confiança. Diante disso, tentou fazer com que São Sebastião renunciasse sua fé.
Ao ouvi-lo recusar a renúncia, ordenou aos guardas que levassem São Sebastião até um tronco, despissem ele e acertassem flechas onde não fossem pontos vitais, para que não causassem morte instantânea e ele sofresse mais. São Sebastião ficou agonizando por muito tempo. Acreditando que ele já estava morto, os guardas deixaram-no só no local. Então, Irene, mulher do mártir Castulo, chamou todos os seus amigos para retirar o corpo. Para sua surpresa, logo percebeu que ele ainda estava vivo.
Após sua recuperação, no dia 20 de janeiro, São Sebastião aparece em público fazendo exigências a Diocleciano, pedindo que o imperador parasse de perseguir os cristãos e toda a igreja. O imperador ficou furioso e ordenou aos guardas que o açoitassem até a morte. São Sebastião foi um mártir que dedicou toda a sua existência em nome da palavra de Deus. Palavra essa que ele não renunciou por nenhum instante.
Matérias publicadas originalmente na 61ª edição do Jornal Cenário (acesse)
Foto: Imagem do Santo localizada na Igreja da Matriz