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Escorpiões são encontrados geralmente em casas com falhas de proteção, diz técnico

Atualizado: 23 de nov. de 2023


Animal encontrado atrás de porta de residência em Araraquara. Foto: Arquivo facebook/Marcelo Roldan

Manter os quintais limpos é importante, mas não é suficiente para evitar o aparecimento de escorpiões. É fundamental que outras medidas, consideradas simples e de baixo custo, sejam incorporadas. Em Araraquara, mais de 90% das ocorrências encaminhadas por moradores ao Centro de Controle de Fauna Sinantrópica (CCFS), responsável pelas ações de enfrentamento a esses animais, são no interior das residências.


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Se entrou é porque tem falhas

“Sempre que a gente vai ao local encontramos alguma falha. É preciso avaliar principalmente o sistema hidráulico. Os ralos têm que ter peneira. Os cifões devem estar instalados corretamente e a caixa de gordura calafetada. A grelha do quintal tem que ser telada. E aí a pessoa vai completando as ações colocando proteção embaixo das portas e telas nas janelas, entre outras coisas”, explica o técnico Marcelo dos Santos Roldan, do Centro de Controle de Fauna Sinantrópica (CCFS) de Araraquara, cujo trabalho é considerado referência nacional no desenvolvimento de ações relacionadas a animais silvestres que conseguem se adaptar e a viver junto ao ser humano.


Informação como arma

O CCFS vem realizando capacitação a servidores de cidades vizinhas, entre elas Motuca. A informação correta, de acordo com Roldan, é a principal arma para os municípios utilizarem nas ações de prevenção de acidentes envolvendo escorpiões. “A gente ainda observa muitas pessoas indo atrás de coisas que não funcionam, como a utilização de galinhas e de venenos. Existe um manual técnico elaborado a partir de estudos pelo Ministério da Saúde (acesse), que é facilmente encontrado na internet. É dele que devem surgir os protocolos de orientações aos moradores”, aponta.


Veneno bom para o escorpião é a inteligência

Outro questionamento comum é a aplicação de produtos químicos para o combate aos escorpiões. Roldan explica os motivos pelos quais o procedimento não é recomendado e como o uso pode aumentar as chances de acidentes. “O escorpião realmente morre com certa facilidade, mas desde que o veneno o atinja de forma direta. Porém, esse animal é dotado de sensores químicos e, antes de ser intoxicado, ele percebe, fecha os orifícios de respiração, levanta as patas e foge para dentro da casa da própria pessoa que usou o produto ou da casa dos vizinhos. Então é uma atitude irresponsável, pois serve mais para desalojá-los e o risco é muito maior que o benefício. Infelizmente, a gente já observou algumas Prefeituras da região fazendo isso, pois desconhecem o procedimento correto. Então sempre digo que veneno bom para o escorpião é a inteligência”.


Conheça abaixo o folder distribuído em Araraquara para orientar a população:




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