Pioneiro na cidade, o projeto "Jovens em ação" voltou a realizar pela segunda eleição municipal consecutiva entrevistas com candidatos aos cargos no Executivo e Legislativo municipal. Com o aprendizado na experiência anterior, esperam contribuir ainda mais com a política local. Desta vez, optaram por publicar convite a todos os candidatos e agendar somente com aqueles que entrarem em contato. Já foram quatorze entrevistas e a proposta é realizar uma por dia até o final da campanha.
Em Motuca, ainda predomina o voto por amizade ou pela relação familiar. Para os integrantes dos "Jovens em Ação", esse comportamento é prejudicial por não privilegiar quadros que realmente façam a diferença. É fundamental, de acordo com eles, que a escolha seja pelo preparo e por propostas viáveis ao desenvolvimento dos diferentes setores sociais.
“A gente percebe que muitos votam dessa forma e em pessoas sem visão nenhuma dos problemas da cidade”, observa Victor Hugo Fernandes Gouvêa, um dos três "veteranos" da primeira edição do projeto. Com 13 anos em 2020 e hoje com 17, ele observa a importância da iniciativa para a formação dos jovens. "É uma forma de adquirir conhecimento e participar diretamente da política. E alguns ainda nem têm idade para votar", analisa.
Com 17 anos e moradora de Motuca desde que nasceu, Emilly Vitória é um exemplo cada vez maior de jovens que buscam emprego fora por falta de oportunidade na cidade. Por isso, vê a necessidade de ações concretas para o público. "Somos o futuro e temos que participar. Precisamos avaliar as propostas e saber quais realmente irão nos beneficiar", ressalta.
Morador de um sítio na área rural, o estudante Pedro Martins da Silva Muniz, com apenas 11 anos, já demonstra desenvoltura na sua primeira participação. Ele observa na cidade muitas pessoas com dificuldades financeiras e considera fundamental a criação de ações para diminuir a desigualdade social. "Vejo moradores sem dinheiro para comprar até arroz e feijão, pois os produtos estão cada vez mais caros", aponta.
O comprometimento com as palavras é uma das qualidades que Eduardo Santos Francischini, de 13 anos, considera importante em um político. Segundo o estudante, "os candidatos devem ser sinceros e cumprir o que prometem".
Idealizado por dois professores da rede municipal, Paulo Henrique de Sá e Thaís Cristina Capodeferro Perini, o projeto segue com seu propósito de fornecer conteúdo aos eleitores, além de contribuir com a formação política e social de jovens. "A gente espera que eles sejam ouvidos e respeitados.", destaca Thais.
Integram o grupo estudantes do ensino fundamental ao médio, com faixa etária entre 11 e 21 anos. Ainda há espaço a quem quiser participar. Os interessados devem entrar em contato pelas redes sociais do grupo.
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