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Foto do escritorRedação

Prática ilegal e prejudicial, "clientelismo" é comum nas cidades


Clientelismo é uma prática ilegal, muito comum na política brasileira, que consiste na troca de favores entre político e eleitor. É o que se dá quando o político faz um “favor” ao eleitor, propiciando a ele o acesso a um serviço público e recebe seu apoio como forma de votos para as próximas eleições.


Tem esse nome porque o “favor” feito pelo político faz do cidadão um verdadeiro cliente seu, que sempre o procurará quando precisar de algum serviço público e que, em troca, será “fiel” a ele nas eleições.


A prática é ilegal, pois o acesso aos serviços públicos é um direito do cidadão e deve ser prestado de forma impessoal, ou seja, as pessoas devem ter acesso aos serviços públicos de acordo com a necessidade de cada um e não porque são amigas, têm alguma proximidade ou porque foram ajudadas por um político.

Mas qual é o problema de um político ajudar um cidadão diante de uma necessidade qualquer, como, por exemplo, conseguir uma vaga para internação em um hospital? O problema é que, com essa “ajuda”, ou ele está enganando o cidadão ajudado ou está enganando uma terceira pessoa, que certamente precisa mais do serviço do que aquele que foi ajudado.


Se obter a vaga é um direito de todos, ninguém precisa da interferência de um político para ter acesso aos serviços de saúde, educação, etc., e usufruir de seus direitos. Os serviços públicos devem ser disponibilizados a todos os cidadãos, de forma igualitária. Quando não se pode atender a todos, há regras objetivas e impessoais para se estabelecer as prioridades e preferências, normalmente considerando os casos mais graves e urgentes.


Ocorre que, quando alguém se vale do “favor” de um político para “furar a fila” e atender seu direito individual, outra pessoa que precisa mais, ou que tem mais direito, poderá ser seriamente prejudicada. E isto é muito grave porque prejudica não só uma pessoa, mas todo o funcionamento do serviço público.


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