A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirmou por meio de nota encaminhada ao Cenário que dará continuidade à oferta de transporte para atendimento aos alunos do ensino médio da escola Adolpho Thomaz de Aquino “com normalização prevista para os próximos dias” e que “segue compromissada na continuidade do transporte, sem prejuízo aos alunos”.
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A pasta não informou o motivo da paralisação. De acordo com a nota, a contratação foi realizada de forma emergencial em 2022 após a renúncia do Convênio pela Prefeitura de Motuca. A Secretaria afirma que transferiu em 2021 R$ 92,3 mil ao município para a manutenção dos serviços realizados na então parceria.
Em entrevista à Rádio Morada, de Araraquara, na quarta (10), após pai de aluna entrar em contato para denunciar a paralisação do transporte escolar, o prefeito Ricardo afirmou que um dos motivos que o levou a interromper o convênio foi a transferência de valores pelo estado classificado por ele como “minúsculos”. (Assista a entrevista).
Questionada sobre a declaração do prefeito, a Seduc-SP ressaltou que “compete ao município informar os valores correspondente à execução dos serviços e gastos na modalidade convênio, bem como os valores referentes à manutenção preventiva e corretiva, combustível e serviços com monitores e motoristas”.
Estado assumiu transporte este ano após município romper convênio de décadas
O transporte escolar de alunos do ensino médio ficou sob responsabilidade do estado no início deste ano. Até o ano passado, a Prefeitura mantinha o serviço, além do fornecimento da merenda escolar a partir de convênio entre os governos que durou décadas. O Prédio da Escola Adolpho Thomaz de Aquino pertence ao Governo Estadual e o município utiliza para as aulas do ensino fundamental 2, do 6º ao 9º ano.
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O rompimento do convênio partiu do prefeito João Ricardo Fascineli. Em live em que comunicou a decisão, ele afirmou que os alunos do Fundamental 2 seriam transferidos no segundo semestre deste ano para o prédio da Escola Maria Luiza Malzoni Rocha Leite, pertencente ao município. Até o momento, porém, a mudança não se concretizou.
Na live, Ricardo alegou que a concentração dos alunos da rede municipal na escola Maria Luiza, pertencente à Prefeitura, é necessária para ocupar oito salas que ficarão vagas com a transferência da educação infantil para a Creche Escola, que também não aconteceu ainda.
“A Adolpho é uma escola emprestada para a Prefeitura... então é como se a gente pagasse aluguel lá, pois fazemos reformas e gastamos com outras coisas”, relatou o prefeito. O espaço na Maria Luiza, disse, será suficiente para abrigar os alunos e o corpo docente do ensino fundamental 2.
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